quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Landmarks


1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem por fundamento tradicional a fé em Deus,  O Grande Arquiteto do Universo.

2. A Maçonaria refere-se aos "Antigos Deveres" e aos "Landmarks" da Fraternidade, especialmente quanto ao absoluto respeito das tradições específicas da Ordem, essenciais à regularidade da Jurisdição.

3. A Maçonaria é uma ordem, à qual não podem pertencer senão homens livres e de bons costumes, que se comprometem a colocarem em  prática um ideal de paz.

4. A Maçonaria visa ainda, o aperfeiçoamento moral dos seus membros, bem como, de toda a humanidade.

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exata e escrupulosa dos ritos e do simbolismo, meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias.

6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política ou religiosa. Ela é ainda um centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros.

7. Os Maçons recebem as suas obrigações sobre um livro da Lei Sagrada, a fim de dar ao juramento prestado por eles, o caráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.

8. Os Maçons reunem-se, fora do mundo profano, nas Lojas onde estão sempre expostas as três grandes luzes da Ordem: um livro da Lei Sagrada, um Esquadro, e um Compasso, para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência.

9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade, de ilibada reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos,e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno.

10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas. Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.

11. Os Maçons contribuem pelo exemplo ativo do seu comportamento são, viril e digno, para irradiar da Ordem o respeito do segredo maçônico.

12. Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e proteção fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio, indispensáveis a um perfeito controle de si próprio.

Cavaleiro Rosa-Cruz

O Grau 18 tem como simbologia a cruz, com as letras I.N.R.I., alternadamente, em branco e preto, ao lado de um compasso e um esquadro, sobre um laje triangular colocada entre o altar e a entrada do Oriente. A sigla I. N. R. I. é usada como identificação entre os Cavaleiros Rosa-cruzes, e deriva da própria iniciação do Grau com uma antiga máxima hermética "Igne Natura Renovatur Integra"(O fogo renova a natureza inteira). Ela aparece, também, quando o Cavaleiro é interpelado sobre a Verdade e ele responde que “a viu em Judéia, Nazaré, Rafael e Judá”.

O Grau do Cavaleiro Rosacruz reflete, a interiorização da tristeza e das trevas. Quando em desespero, nós podemos nos dirigir a duas grandes forças motivadoras para nos salvar: a Razão e a Fé. A Razão trata daquilo que pode ser demonstrado, o que é tangível: a Fé vem de dentro de nós, o intangível. 

A Cruz tem sido um símbolo sagrado desde os primórdios da Humanidade: a Rosa significa a ressurreição. Daí um dos símbolos do Grau 18 ser uma Cruz encimada por uma Rosa. A flor da Rosa possui, também, a tripla conotação de Amor, Segredo e Fragrância, ao passo que a Cruz comporta, também, o triplo significado de Auto-sacrifício, Imortalidade e Santidade. Em conjunto, estes dois símbolos , indicam o Amor do Auto-sacrificio, o Segredo da imortalidade e a doce Fragrância de uma vida santa.

O Grau 18 apela-nos á tolerância, convidando os homens de todas as crenças a encontrarem o enriquecimento espiritual.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

As Cores na Maçonaria




O REAA pode ser definido como um sistema de aprimoramento humano, dividido em grupos e graus. 
A Maçonaria Azul, é representada pelos graus Simbólicos 1, 2 e 3. Fase em que se deve exercitar a tolerânciano desbaste da Pedra Bruta.
A Maçonaria Verde, é representada pelos graus Inefáveis 4 ao 14. Que visam dar continuidade ao aprimoramento do Iniciado.
A Maçonaria Vermelha, é representada pelos graus Capitulares 15 ao 18. Graus de evolução espiritual.


A Maçonaria Negra, é representada pelos graus do Conselho de Kadosh 19 ao 30. Reflexão sobre o caminho percorrido.


















A Maçonaria Branca, é representada pelos graus Administrativos 31, 32 e  33, que
simbolizam a serenidade do Iniciado, que tendo percorrido todo o caminho e alcançado a espiritualidade, não almeja apenas ser titular de diplomas nem portador de insígnias. Mas fazer parte pelo pensamento e pela ação dos que se encontram no caminho da Verdade.

domingo, 20 de outubro de 2013

Iniciação Maçônica, O Valor Tradicional e Místico


A Iniciação Maçônica é completa em si mesma, quando o Maçom, depois de ter galgado sucessivamente os degraus do Aprendiz e do Companheiro, chega ao grau de Mestre.
Mas o iniciado deve poder romper a casca mental, isto é, fugir do racionalismo esterilizante, para atingir a transcendência; somente depois de romper essa casca é que se torna possível o acesso `a verdadeira iniciação.
Todos os símbolos abrem portas, sob a condição de não nos atermos apenas – como geralmente acontece - `as definições morais.
São muitos os que se declaram “racionalistas” e que qualificam de “simbolistas” – com uma nuança pejorativa – aqueles que tomaram consciência do valor iniciático da Maçonaria.
Convém analisar o vocábulo “racionalismo” e examinar os limites por ele impostos. O racionalista (de ratio, razão) recusa-se a levar em consideração tudo o que vai além dos limites de seu entendimento. Sua concepção e seu conhecimento do mundo arriscam-se, por isso, a ser consideravelmente amesquinhados, `a medida de sua inteligência e de seu saber. E essa posição intelectual prova ser realmente lamentável. Tal atitude de limitação, para ser lógica suporia uma vasta cultura; desse modo, o racionalista comum só pode confiar naqueles que professam sua fé – pois existe uma fé – e que considera mais “sábios” do que ele próprio. Ele pode, portanto, ater-se `as leis físicas e psicológicas conhecidas e deve rejeitar – como manchado de erro – tudo o que vai além dessas leis. Estranho amesquinhamento de sua concepção do Universo.
O racionalista faz alarde de ser “cientifico” e de que não passa de um “cientista”; ele admite que a “Ciência” faz conhecer as coisas tais como elas são, que ela resolve todos os problemas e que ela basta para satisfazer todos os desejos da inteligência humana. Para admitir um fato, a ciência exige que ele possa ser repetido `a vontade; ela exige também que ele se enquadre em suas leis gerais. Ora existe uma série de fenômenos que não satisfaz essas condições e cuja realidade não é, absolutamente, objetiva.
O racionalista fixa-se em sua concepção e dela faz um dogma, agindo assim como um fanático, exatamente como os féis de não importa que religião, de não importa qual igreja, para os quais não existe salvação fora dos dados teológicos que lhes são próprios.
A Ciência não passa de uma crença que se apóia em hipóteses continuamente renovadas; é inútil e ilusório pedir a ela o que ela não pode dar: o conhecimento espiritual.
“O conhecimento ou a inteligência do divino, diz Jamblique (De mysteriis, II, 11), não basta para unir os fieis a Deus; se assim fosse os filósofos, por suas especulações, realizariam a união com seus deuses. É a execução perfeita e superior `a inteligência de fatos inefáveis, é a força enexplicável dos símbolos que fornece o conhecimento das coisas divinas.”
Ora, a Franco-Maçonaria é uma verdadeira escola de iniciação e não como julgam comumente, uma associação fraterna com finalidades mais ou menos políticas.
A iniciação, tal como a concebiam as antigas “Sociedades de Mistérios” e tal como a praticam ainda as seitas mais ou menos evoluídas da África negra ou Ásia misteriosa, a iniciação “abre portas” até então proibidas ao recipiendario. Além do mais, a transmissão ininterrupta dos “poderes” integra o impetrante ao Egrégoro do grupo e o faz participar, apesar dele, da vida mística e profunda da própria essência dos símbolos.
Essa “iniciação” verdadeira é Una no tempo, no espaço, nos ritos, embora os costumes sociais ou étnicos daqueles que a praticam sejam diferentes. A Iniciação Maçônica torna palpável essa Unidade do Conhecimento através das seitas e dos ritos.
Será possível provar a filiação maçônica iniciática mediante fotos precisos? Será possível afirmar que essa filiação é enexistente?
René Guénon é muito categórico a respeito: “Não existem mais no mundo ocidental organizações iniciáticas capazes de reivindicar para si uma filiação tradicional autêntica senão as Associações de Obreiros e a Maçonaria. Contudo, ele não fornece nenhum argumento, a não ser especulativo, para apoiar sua tese.
Albert Lantoine, o erudito historiador da Maçonaria, pouco suspeito de misticismo, diz a respeito da influencia dos Rosa-Cruzes sobre a Maçonaria:”Para nós há mais do que pontos de contato: há uma interpenetração que fez da velha maçonaria uma nova franco-maçonaria. Aliás, não podemos explicar por outro modo todo esse simbolismo místico...Portanto – e esse ponto é extremamente importante para os decifradores de símbolos – nós veríamos aí a explicação muito natural, muito simples desse ritualismo que, em lugar de se ter transmitido por sucessivas associações misteriosas, teria sido implantado por inovadores curiosos de reminiscências iniciáticas.
Seja como for, assim como o movimento se prova caminhando, a Maçonaria prova seu valor iniciático com todo esse aparato simbólico que ela conserva e de que se utiliza.
(Jules Boucher)