domingo, 6 de dezembro de 2015

A Maçonaria e os Templários

A Milícia do Templo mais conhecida como Ordem dos Templários foi criada em Jerusalém em 1118, tendo como seu primeiro Grão-Mestre Hugues des Pains, sob a proteção de Theocletes, 67º sucessor do apóstolo São João. A evolução da maçonaria está ligada aos Templários em diversos aspectos. Obediência, Pobreza e Castidade eram os votos que os Templários processavam e tinham por objetivo defender o Santo Sepulcro e os peregrinos da Terra Santa.

Através de suas numerosas e poderosas Comandarias espalhadas pela Europa, a Ordem do Templo exerceu forte influência sobre as Associações Monásticas de Construtores e sobre as Guildas, constituindo confrarias religiosas comparáveis às dos Beneditinos e Cistercienses. Quando os Templários, com a ajuda de cristãos, disseminaram as suas comandarias pela Europa, dividiram com eles os segredos dos ritos tradicionais dos Colégios Bizantinos (Colégios Romanos do Oriente) e dos Tarouq Muçulmanos, fundamentados no sincretismo hermético.
Em todas as suas possessões os Templários tinham pedreiros livres a seu serviço (membros da maçonaria ou simplesmente pedreiros que tinham permissão de trabalhar em qualquer país ou reino, Livres para transitar, daí seu codinome), dirigidos por um oficial do Templo. 

Na Inglaterra, ao início do séc. XIII já era grande a influência da Ordem do Templo que se beneficiava dos grandes donativos feitos pelo rei Henrique I. O seu prestígio foi ainda maior no reinado de Ricardo Coração de Leão. Este, em sua Cruzada, aliado a Felipe Augusto, rei da França, conquistou Chipre e entregou a ilha à guarda dos Templários, dos quais se tornou grande aliado e amigo. O poder e a riqueza da Ordem do Templo eram tais no início do século XIV que os Templários eram temidos e invejados tanto pela Igreja quanto pelo rei de França, Felipe V, o que acabou provocando a sua extinção.
Com efeito, uma bula do Papa Clemente V, de 2 de maio de 1312, decretou a sua extinção, passando todos os seus bens para a Ordem do Hospital de São João de Jerusalém, depois Ordem dos Cavaleiros de Malta. Esta Ordem manteve a proteção aos Mestres Maçons, representada em iconografia do final do séc. XV, que mostra o Grão-Mestre da Ordem recebendo um Mestre Maçom, seguido de seus Companheiros portando os seus utensílios de trabalho: o Esquadro, o Compasso, o Malhete e o Cinzel. Após a dissolução da Ordem pelo papa Clemente V, os Templários se introduziram nas corporações dos construtores para se proteger das perseguições, adotando seus sinais e palavras, e continuando assim a exercer sua influência na formação da Maçonaria Moderna.

O Rei Robert Bruce, da Escócia, tinha parentes Templários e deu proteção aos Templários Ingleses. Em 1314 este rei fundou, em favor dos Maçons, a Ordem de Heredom de Kilwining, concedendo ao mesmo tempo o título de Grande Loja Real de Heredom de Kilwining à Loja fundada em 1150, cento e cinquenta anos antes da dissolução dos Templários.
Resumindo a história da influência dos Templários na formação da Maçonaria Moderna basta lembrar que os Templários constituíram associações monásticas de construtores, segundo as tradições greco-romanas, transmitidas pelos Beneditinos e pelos Cistercienses. Tiveram também, ligações estreitas com as associações arquitetônicas cristãs e muçulmanas do Oriente, das quais receberam influências operativas e iniciáticas.

Na Europa criaram e desenvolveram as comunidades de construtores que deram origem à Maçonaria Moderna. Após a dissolução da Ordem do Templo em 1.312 d.C., um grande número de Templários se incorporou aos mestrados dos construtores trazendo consigo usos e costumes assimilados durante dois séculos de existência. Este conhecimento foi incorporado ao conhecimento dos pedreiros livres da época e transmitido de geração em geração originando boa parte da Maçonaria conhecida hoje.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Sala dos Passos Perdidos

Cômodo que representa a continuidade do espaço profano, é o local destinado a receber os visitantes, onde os irmãos se reúnem sem maiores preocupações, e todos podem estar livremente, como se fosse uma Sala de Espera. Significa o mundo em que a humanidade transita sem rumo certo. 

Na Sala dos Passos Perdidos se assina o Livro de Presença, recebem-se recados, consulta-se o edital e é feito o trolhamento dos visitantes.

Pelo fato de preceder ao Átrio, ela mantém a energia necessária para que os ímpetos trazidos do mundo profano se amenizem, a fim de preparar a mente para o ingresso no Átrio.