domingo, 13 de abril de 2014

Crípta dos Grandes filosofos

Na Câmara do Grau 32 do REAA a Cripta dos Grandes Filósofos localiza-se atrás do Trono do Gr:. Mes:.; separada por um véu.
Encontram-se na Crípta, oito colunas sobre as quais oito bustos, representando os fundadores das grandes religiões que orientam o espírito humano.
Na nona coluna, o resultado final dos ensinamentos desses grandes construtores do espírito universal é demonstrado pelo aparecimento da Estrela, que é Gnose, a Iluminação, a Sabedoria, como a demonstrar que tudo que procuramos, seja qual for à religião que adotemos, é simplesmente a Verdade. 

Os Neófitos são dispostos diante da Cripta; ergue-se o véu; as luzes do Templo amenizam-se; ouve-se um fundo musical; há silêncio.

Após uma pausa, diz o Presidente: "Encontramo-nos na entrada da Cripta; escutai a voz dos operários que nos precederam e que se dispõem a nos auxiliar na edificação do último Templo:”

*PRIMEIRA VOZ - "Eu sou Confúcio, o sábio que ofereceu à China a sua moral, cem vezes mais importante que a sua cultura material. A minha doutrina, integralmente, consiste no ensinar a retidão do coração e o amor ao próximo. Existe uma regra universal de conduta que é contida no vocábulo: "reciprocidade”. Fui o primeiro a reformular a máxima: "Não faças a outrem, o que não queres que te façam”. Também disse: "Venera os espíritos, mas deixa-os à distância. Tu que não tens capacidade de servir aos homens, como pretendes servir aos deuses? Tu que não conheces a Vida, como pretendes conhecer a Morte?”

*SEGUNDA VOZ - Eu sou Zaratustra. Ensinei os árias da Bactriana a repelir toda idolatria para adorar ao Senhor Onisciente - Ahura Mazda semelhante no corpo à Luz e no Espírito à Verdade. Em vão as potências da escuridão e da mentira disputam o mundo às potências da Luz e da Verdade. O teu dever é o de acelerar a chegada desse dia, segundo a obra de Ahura Mazda, com pensamentos bons, boas palavras e boas ações. O guerreiro que com a sua coragem repele o inimigo; o agricultor que faz germinar o trigo; aquele que forma uma família e doa uma vestimenta ao nu; aquele que destrói a Ahriman nos animais nocivos; esses são os que aceleram o evento da Lei de Ahura Mazda e com isso mais fazem do que se entregassem a mil sacrifícios.

*TERCEIRA VOZ: Eu sou Gautama, denominado Buda. Renunciei aos privilégios do nascimento e da riqueza. Achei minha ascensão ao Nirvana,.com a finalidade de dedicar esforços para abrir aos homens o caminho que conduz à extinção do sofrimento. Tu não extinguirás os seres vivos. Não furtarás o alheio. Não cometerás adultério. Não mentiras. Não ingerirás licores inebriantes. Trocarás o mal pelo bem. A generosidade, a benevolência e a abnegação são para o mundo o que o eixo é para um veículo. A minha lei é uma lei de perdão para todos os seres.

*QUARTA VOZ: Eu sou Moisés, aquele que foi resgatado das águas. Vislumbrei na Sarça Ardente, no Monte Horeb, o Deus que nem Abrão, nem Jacó conheceram, sob o seu único e verdadeiro nome: o Eterno. Trouxe da escravidão os filhos de Israel; conduzi-os ao limite das Terras da Promissão e lhes comuniquei, desde o Monte Sinai, os mandamentos que constituíram a Moral judaico-cristã. Tu não venerarás senão o Deus único e não talharás imagens à sua semelhança. Respeitarás o dia do repouso, o Sabat. Não furtarás o alheio; não prestaras falso testemunho; não cobiçarás nem a mulher, nem as riquezas do teu próximo.

*QUINTA VOZ: Eu sou Hermes Trimegisto, o três vezes grande, o possuído da ciência do antigo Egito. Feliz aquele que ao entrar no mundo subterrâneo, puder dizer ao seu coração, segundo a antiga fórmula do Livro dos Mortos: "Ó meu coração, não me acuseis perante o Deus do julgamento; eu não matei e não traí. Não atormentei a viúva, não afastei o leite da boca das crianças; não fiz chorar; não menti diante do Tribunal; não obriguei os trabalhadores a excesso de trabalho; não fui negligente e tão pouco viciado; não maltratei o escravo no Espírito do mestre; não espanquei; não alterei as medidas do trigo e não usurpei nem esbulhei os limites dos campos. Conciliei-me com Deus pelo amor. Alimentei o faminto; amenizei a sede; vesti o nu e forneci um barco àqueles que interromperam a viagem.

*SEXTA VOZ: Eu sou Platão o discípulo dileto de Sócrates. Ensinei aos homens a se conhecerem; descobri-lhes o mundo das idéias puras e da realidade eterna. Os nossos sentidos não podem perceber mais que as sobras da realidade, ou seja, dos fenômenos e das leis. Mas, essas leis nos revelam, no Reino do Espírito, como no Reino da Física, numa crescente tendência à Verdade, à Beleza e ao Bem, essa Tríplice realização do divino. Nos extremos limites do inteligível, reside a idéia do Bem. Não será necessário afirmar que a Justiça consiste no praticar o Bem aos próprios amigos e o mal aos inimigos. O Justo é aquele que vive em harmonia perfeita consigo mesmo, com os seus semelhantes e com a Ordem Universal.

*SÉTIMA VOZ: Eu sou Jesus de Nazaré, o Cristo, aquele que doou a sua vida pelo amor à Humanidade. Vim para completar e não para abolir a Lei; proclamei o direito de a consciência ser a intermediária com o contato com o Pai Celestial. A samaritana disse: "Chegará o dia em que não se adorará mais o Pai, nem em Garazim nem em Jerusalém, mas onde todos os adoradores o venerarão, como Ele o deseja, em Espírito e Verdade". Aos fariseus respondi: "Amar a Deus com todas as forças e ao próximo como a si mesmo, é da Lei e dos profetas. Não há maior mandamento". Aos que me perguntaram qual o caminho para o Reino dos Céus, respondi: "Procurai em primeiro lugar a Justiça e o resto vos será dado por acréscimo".

*OITAVA VOZ: Eu sou Maomé o profeta por excelência do Islã. Deus é Deus e não há outro Deus. Alá impõe a Justiça, a Benevolência, a Generosidade. Ele ordena que te instruas. Os sábios são os herdeiros dos Profetas. A Santidade não consiste em voltar, na prece, o teu rosto em direção ao Oriente, mas em fazer, por amor a Deus, a caridade aos órfãos, aos pobres e aos estrangeiros. Ninguém poderá ser aceito como um verdadeiro crente se não tiver o desejo de que seu irmão tenha aquilo a que ele próprio aspira.

*NONA VOZ: Eu sou Aquele do Amanhã; os hebreus aguardam o Messias; os muçulmanos, o Madhi; os cristãos, a segunda vinda do Cristo; os budistas o próximo Buda; os hindus a reencarnação de Vishnu que se encarna de tempos em tempos para o triunfo dos bons e a destruição dos maus. Trago todos esses nomes e muitos outros, ainda, porque a Cadeia Hermética nunca foi rompida. Notastes a perfeita coordenação dos ensinamentos formulados pelas religiões e pelos organizadores de civilizações que a História nos apresenta. Outros Guias aparecerão para ensinar com sua forte presença a ascensão da Humanidade. Porém, inobstante a variedade das suas revelações, deveis saber que vos falarão a mesma linguagem, porque ela corresponde às necessidades universais e às aspirações permanentes da natureza humana. Sede tolerantes, porque nada poderá definir o Grande Arquiteto do Universo.
Procurai a Verdade, praticai a justiça e amai o vosso próximo como a vós mesmos, tal é o caminho do dever, a exclusiva senda da Saúde.



sexta-feira, 11 de abril de 2014

O Grande Acampamento

O Grande Acampamento é parte de uma estratégia planejada pelo então rei da Prússia Frederico II(Frederico, (o Grande)1712 / 1786, com o objetivo de retomar para os povos do Ocidente o domínio da Palestina e dos demais lugares considerados sagrados para o Cristianismo e localizados na Terra Santa.
Nessa estratégia, os membros da Maçonaria estariam distribuídos de uma forma específica, conforme ensinam os estudos do Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo). 
 Na época em que viveu Frederico II, a região da Palestina atravessava momentos de sérios conflitos internos, especialmente entre os governantes turcos de Damasco e de Istambul.

Tribunal da Santa Vehme

Santa Veheme , também chamado Liga da Corte Sagrada.
Esse Soberano Tribunal teve sua origem relacionada ao período da Europa medieval no qual ocorreram diversas migrações e invasões dos povos bárbaros para o território de Roma.
Paulatinamente, o Império Romano entrou em decadência,  com isso seus estatutos, instituições e formas de administrar a sociedade foram, em grande parte, desintegrados, resultando que, em diversas áreas do Antigo Império, se espalhassem a criminalidade, a desordem e a ilegalidade. 
     
A Santa Vehme (ou Santa Feme), surgiu inicialmente no período do reinado de Carlos Magno (768 d.C. a 814 d.C.), como um  conjunto de tribunais secretos, organizados com o objetivo de reprimir as desordens e os crimes. Seus membros tinham como tarefa a aplicação sumária da sua justiça sobre os considerados culpados. Posteriormente entrou em declínio. 
     
Ressurgiu  a Santa Veheme,  no século XII, na região da Westfália, especialmente na cidade de Dortmund, na atual Alemanha. Seus juízes tinham o título de franco-juízes. Eram sigilosos: o transcorrer do processo, os  nomes dos acusadores e a sentença.

Tomava conhecimento de todos os crimes, e suas sentenças eram executadas por meios secretos, sem que se saiba quem eram seus executores. Uma vez executado um criminoso, seu corpo era pendurado numa árvore, para comunicar a todos o fato e ainda intimidar outros.

Os julgamentos ocorriam sob a invocação divina e visavam também coibir os delitos cometidos contra a Igreja, daí a denominação de "Santa". Já o vocábulo "vehme" origina-se do alemão e significa "condenar".
    
A principal pena aplicada pelos tribunais fêmicos era o enforcamento, sendo comum se afirmar que a forca era tão mais alta, quanto mais alta fosse a posição social do condenado. 

Com o fim da Idade Média e a formação dos estados nacionais, os países recém-criados consolidaram poderes judiciários organizados e independentes. Com isso, os tribunais fêmicos perderam progressivamente espaço para a atuação e a razão de existirem.

A descrição e o entendimento desse Tribunal fazem parte dos estudos do Grau 31 do REAA. 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O Tribunal de Osíris

De acordo com a mitologia egípcia, logo após o momento da morte, a alma de cada um dos homens era conduzida ao Tribunal de Osíris por Anúbis, Deus dos Mortos.
Nos estudos realizados no Grau 31, é descrita a formação do tribunal divino egípcio, relatando-o como uma corte que avaliava os atos de cada pessoa no decorrer da vida. 
Esse colegiado, presidido pelo deus Osíris, era formado por 42 deuses-juízes e se reunia num local chamado Sala das Duas Verdades.

O morto ao chegar ao Tribunal de Osíris, era conduzido pelo deus Anúbis, que lhe retirava o coração, centro da sua consciência, e o colocava num dos pratos de uma balança onde, no outro prato estava colocada uma pena de avestruz (símbolo de Maat, deusa da Verdade). 
Caso o coração do morto fosse mais pesado que a pena, era decretada a condenação e o condenado tinha sua alma devorada por Ammit (ou Amut)

O deus Toth anotava o resultado obtido na medição e o deus Hórus o encaminhava a Osíris. Caso o morto fosse absolvido, ele reencarnaria em seu próprio corpo e seguiria, juntamente com seus pertences, para um paraíso conhecido como Aaru. Daí resulta a importância da mumificação.

À luz da filosofia maçônica, o Tribunal de Osíris é uma importante alegoria que tem, entre outros significados, o simbolismo de que a Verdade e a Justiça são os caminhos que devem orientar a vida do Homem na sociedade, consolidando a máxima de que "a Justiça é a Verdade em ação"