domingo, 25 de dezembro de 2016

Confúcio, o Mestre

Confúcio nasceu entre 550-551 AC. na província de Shantung, no século XXII da dinastia Ling-Wang, mais exatamente na aldeia Tsen, hoje Kio-fen-hien em Yentseve, na província já citada, região de LU.

O pai morreu quando ele tinha 3 anos e foi adotado pela família KI, uma das 3 maiores da linhagem principesca de LU, dando-lhe depois um emprego de guarda do depósito, depois passou a Superintendente de pastores que cuidavam dos animais destinados ao sacrifício. Casou-se e teve um filho, que chamou de Li Peiu (carpa, a mais bela carpa) e logo foi ser professor, dedicando-se após os 27 anos a estudar leis antigas, tornando-se o Mestre-Escola de LU.

Ele era a sabedoria da época e todos o procuravam para aprender mais. Esteve em Tsi e voltando a LU aumentou ainda mais seus discípulos, já então dedicando-se também ao estudo dos velhos livros sacros.

Aos 51 anos foi nomeado primeiro magistrado na cidade de Chun-I e mais adiante, Ministro da Justiça e Vice-Ministro da Agricultura, onde rigoroso com as leis, acabou com os constantes roubos na região. 

Nas ruas, os homens andavam à direita e as mulheres à esquerda. Severo e determinado acabou por provocar os poderosos, que subornaram o 1º Ministro de LU com 120 cavalos e oitenta lindas jovens, para destituí-lo.

Empunhou o cajado e foi então ser viajante. Saía com seus alunos por estradas, montanhas, rios, etc. ensinando  tudo sobre estratégia militar, economia, astrologia, direito, ética, relações para a família e administração, tudo para uso imediato.

Aos 63 anos, desesperançado voltou a LU, a convite do 1º Ministro. Não tinha cargo fixo, mas todos buscavam seus conselhos, conversava com seus discípulos, corrigia livros, comentava o livro das profecias I-Ching, e escrevia sobre LU; sua esposa morreu e 1 ano depois, seu filho Peiu e seu aluno predileto, Yen-Yuan.

Comentou: "O Céu me destruiu". Em abril de 478 AC., presente a morte: "Yang-Chan, a grande montanha tem de desmoronar, a forte viga tem que quebrar, o homem sábio tem de murchar como uma planta." "Não surge nenhum governante que me tome como seu Mestre... meu tempo acabou..." foram as últimas palavras.

Recebeu vários títulos: 
- em 665 DC, o mais nobre Mestre; 
- em 739, o Rei dos Mestres; 
- e em 1.013, o mais divino Mestre; 
- em 1.637, o mais sábio dos Mestres Antigos; 
- em 555 AC, constroem-se Templo consagrado ao Mestre Confúcio em Chun-Fu; 
- em 72 DC, adaptaram o mausoléu para honrar 72 discípulos do Grande Mestre. 

Sua doutrina passa a ser patrimônio comum da Nação, obrigatório para todos, sendo nomeado Santo patrono da classe literária e da classe oficial.

Em seus estudos incluía: Shi-King - o livro dos poemas, Shu-King- documentos históricos, Yi-Ching - o livro das mutações, LI-XI - livro dos ritos das antigas cerimônias.

No livro Yi-Ching está escrito: "O Céu e a Terra e todas as coisas se formam pela troca, o Céu e a Terra são a porta da troca, o Céu e a Terra são os pais de todas as coisas."

O livro da Grande Ciência, transmitida pela escola confuciana, é a porta pela qual entram os aprendizes da Virtude.

Costumes: 
- Ao falar com funcionários inferiores falava abertamente e com liberdade.  
- Com superiores falava suavemente e com precisão cuidadosa. 
- Quando transpunha a porta do palácio, inclinava-se levemente como se ela não fosse suficientemente alta. 
- Não usava o centro da entrada e não pisava no limiar. 
- Não usava púrpura intensa e nem usava cores berrantes em seu vestiário e ornatos. Em casa usava roupas de seda estreitas em cima e bem largas em baixo. 
- Gostava de arroz bem feito e de carne bem picada; não deixava a comida exceder a proporção do arroz; quando comia, não conversava; não comia alimento que perdera a cor, mal-cozido ou imaturo. 
- No vinho não se cingia limites, mas não deixava que alterasse sua mente. 
- Em casa não assumia atitudes cerimoniosas. Quando deitado, não falava. 
- Não cantava no dia em que tivesse chorado.

Falava muito sobre as Odes, a História e as regras de correção. 
Inquiria a seus discípulos: "O silencioso entesourar dos conhecimentos, o aprendizado sem excessos, o instruir sem cansaço... qual dessas coisas me corresponde?" 

De outra feita disse: "Deixar a verdade sem cultivo adequado, não discutir a fundo o que se aprendeu, não ser capaz de mover-se para a virtude com a qual se alcança o conhecimento, não ser capaz de mudar o que não é bom. São coisas que atraem minha atenção e solicitude." 
Não aceitava conclusões apriorísticas, predeterminações arbitrárias, orgulho, obstinação. 

Confúcio dizia: - Odeio a aparência que não é a realidade, odeio o joio que se confunde com o trigo, odeio a verbosidade que se parece com a retidão, odeio a mordacidade que se confunde com a sinceridade, odeio a música de Chang que pode ser confundida com a verdadeira música, odeio o azul avermelhado que parece o vermelhão, odeio os bons homens prudentes da aldeia que se confundem com os verdadeiramente virtuosos. 

- Existe aquele que cultiva ao máximo a bondade que nele existe. Através desse sentimento pode chegar a posse da sinceridade, e ela se evidencia; e ela evidenciando-se, torna-se manifesta; manifestando-se, torna-se brilhante; tornando-se brilhante, afeta aos demais, afetando os demais, eles mudam; graças a ele, mudam-se, transformam-se. Só aquele que possui a verdadeira sinceridade, é capaz de transformar os outros. 

- Não ter e aparentar que tem, estar vazio e aparentar que está cheio, contrafeito, aparentar que está a vontade. Com semelhantes características é difícil ter constância. 

- Pode-se fazer com que um povo siga um caminho de ação mas não se pode fazer com que o compreendam. 

Cinco são os apotegemas, relacionados com as 5 obscuridades: 
1 - o desejo de ser bom, sem o desejo de aprender, leva a tola simplicidade; 
2 - o desejo de saber, sem o desejo de aprender, leva a dissipação da mente; 
3 - o desejo de ser sincero, sem o desejo de aprender, leva ao descuido pelas conseqüências; 
4 - o desejo de seguir a linha reta, sem o desejo de aprender, leva a insubordinação; 
5 - o desejo de firmeza, sem o desejo de aprender, leva a conduta extravagante. 

Em Confúcio temos o que se diz de um concerto completo:
Há o concerto quando o sino grande proclama o começo da música e a pedra ressoante proclama o final. O som metálico inicia a harmonia combinada de todos os instrumentos e a conclusão com a pedra, encerra essa harmonia combinada. Começar essa harmonia é obra de discernimento; encerrá-la é obra de sabedoria.
Comparando: discernimento é habilidade, sabedoria é força. Ao disparar sobre o alvo e com passos de distância, o alcançá-lo é obra da força, mas o atingir a seu centro é obra da sabedoria.

A Fórmula de Confúcio 

 “Os antigos que queriam manifestar uma virtude iluminada no seu império, curavam e estabeleciam primeiro a ordem nos seus estados. 



Desejando estabelecer a ordem nos seus estados, estabeleciam primeiro a equanimidade em suas famílias e tornavam-nas íntegras. 

Desejando estabelecer a equanimidade em suas famílias e torná-las íntegras, cultivavam primeiro a si mesmos, alinhavam-se e sintonizavam-se primeiro com seus corações. 

Desejando estar alinhados e sintonizados com seus corações, eram primeiro honestos consigo mesmos e purificavam os seus motivos. 

Desejando ser honestos consigo mesmos e purificar os seus motivos, assimilavam primeiro a sabedoria e colocavam-na em prática. 

Eles assimilavam a sabedoria e colocavam-na em prática investigando e refletindo sobre todos os fenômenos e selecionando o que era verdadeiro.” 
Dominio Público

domingo, 18 de dezembro de 2016

Antigas Instruções do Primeiro Grau do Rito Escocês

M. - Sois vós Maç:.?

A. - Sim, meu Irm:.

M. - Onde vos preparastes para o ser?

A.  - Em meu coração.

M.  - E onde mais?

A.  - Na Camara de meditação continua a esta Resp:. Loj:.

M. - Como vos prepararam?

A. -Com o sapato direito de chanqueta, o braço correspondente ao peito, o joelho esquerdo despido, despojado de metais, o pescoço cingido por um cordão, e os olhos vendados.

M. - Como fostes admitido em L:.?

A. - Por três grandes pancadas, que deu meu companheiro, as quais aludem as três sentenças da Escritura: - Pedi e recebereis; procurai e achareis; batei e dar-se-vos ha entrada.

M.  - Que significa vosso preparo?

A. - O sapato de chanqueta significa que por este modo os antigos israelitas contraíão certos deveres; a nudez representa a sinceridade do coração de um Maç:.; o ser despojado de metais recorda que na Edificação do Templo de Salomão não se ouvião sons de instrumentos de metal, e que as riquesas não dão o verdadeiro mérito; o cordão ao pescoço representa a escravidão em que jazia; e a venda nos olhos o estado de cegueira e obscuridade de minhas idéias.

M.  - Quando fostes recebido Maç:.?

A.  - Quando o Sol se achava no esplendor do meio dia.

M. - Sendo costume reunir-nos de noite, como podereis explicar isso?

A.  - É porque os MMaç:. estão em todos os pontos da Terra, e o Sol a toda hora passa por um meridiano, e assim é sempre meio dia para eles.

M.  - Por quem fostes recebido Mas:.?

A.  - Pelo Ven:. e mais IIr:.

M.  - Onde fostes recebido Maç:.?

A.  - Em uma L:. justa, perfeita e regular.

M.  - Que entendeis vós por L:.?

A.  - Um recinto sagrado, onde os IIr:. se reunem em nome do G:. A:. do U:. com fim Maç:.

M.  - O que constitui uma L:. justa?

A.  - Os Sag:. Estatutos

M.  - O que a faz perfeita?

A.  - O número de sete, que formão os três MMes:., os dois Com:. e os dois AApr:.

M.  - O que constitui regular uma L:.?

A.  - A Prancha reguladora, ou seu Diploma constituinte.

M.  - Que entendeis por Diploma constituinte de uma L:.?

A.  - A autorização do GR:. Or:. que a constitui. 

M.  - Que vindes fazer aqui?

A.  - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade, e fazer novos progressos na Maç:.

M.  - Que entendeis por Maçom?

A.  - Um homem livre, fiel as leis, que tanto ama o pobre como o rico, sendo virtuoso.

M.  - Como vos conhecerão  como Maç:.?

A. - Por meus sinais, toques, palavras, e pelas circunstancias de minha recepção.

M.  - Quais são os sinais?

A.  - A esquadria, o nível e a perpendicular, ou prumo, são os distintivos de um Maç:.

M.  - Que entendeis por toques?

A.  - Pressões regulares que se fazem entre IIr:. para se reconhecerem.

M.  - Qual é o principal dever de um Maç:.?

A.  - O Sigilo.

M.  - Como contraístes vós este dever?

A.  - Por meio de um juramento solene e terrível que prestei, obrigando-me por ele a guardar os segredos da Maç:..

M.  - Lembrai-vos deste juramento?

A.  - Sempre está, e estará gravado em meu coração.

M.  - Dizei-o pois.

A.  - Eu ……..em nome do G:. A:. do U:., em presença desta Assembléia de CCav:. MMaç:., de minha livre e espontânea vontade, declaro, juro e prometo ser fiel aos sagrados deveres da Maç:.; juro não os dizer, cortar, gravar, escrever, marcar, imprimir ou pintar, tanto em coisa móvel, como imóvel, nem mesmo em caracteres legíveis ou intelegíveis, ou de qualquer modo que possam vir a ser descobertos pelos pprof:. Juro igualmente não coadjuvar nem assistir a iniciação de Maç:. algum clandestinamente, ou em L:. que não seja justa, perfeita e regular. Igualmente juro seguir em todas as suas partes as sagradas Constituições da Ord:., e cumprir e fazer cumprir as particulares desta Resp:. L:. Juro socorrer, amparar, defender, consolar e proteger a meus IIr:. com os auxílios que estiverem ao meu alcance, sem detrimento meu, ou de minha família. Juro não revelar por quem fui recebido Maç:., nem as pessoas que concorreram para a minha iniciação. Se faltar a este solene juramento em todo ou em parte, quero que minha g:. seja c:., minha l:. a:., e lançada as praias em que haja fluxo e refluxo duas vezes em vinte e quatro horas, para que sirva de exemplo aos perjuros. Assim o G:. A:. D:. U:. me ajude e mantenha firme e fiel a este propósito, e ao contrario me castigue sem piedade.

M.  - Que se vos deu quando fostes recebido Mas:.?

A.  - Um sinal, um toque e uma palavra.

M.  - Qual é o sinal?

A.  - Este (pondo-se em Esquadria o executa)

M.  - Como se chama?

A.  - Gutural: alude a parte de meus deveres, que preferirei se me cor:. a gar:., a revelar os segredos da Maç:. que se me confiaram, ou de futuro me forem confiados.

M.   - Dai-me o toque.

A.  - (Dá-o)

M.   - Que significação tem?

A.  - É o toque de Ap:. Maç:.

M.   - Este toque pede uma palavra; dizei-ma.

A.  - Ensinaram-me a ser cauto em minha iniciação; mas para convosco, meu Ir:., reparti-la-ei, ou soletrarei como quiserdes.

M.  - Principiai.

A.  - Da a primeira letra.

M.  - Que significa essa palavra?


A.  - Força; era o nome que estava na coluna do Setentrião, a entrada do pórtico do Templo de Salomão, onde se reuniam os AAmp:.