A Prancha de Traçar é um retângulo sobre o qual são indicados os esquemas que constituem a chave do alfabeto maçônico.
A Maçonaria em seu simbolismo chama o papel sobre o qual se escreve de “Prancha de Traçar” e substitui o verbo escrever pela expressão “traçar uma prancha”.
A “Prancha de Traçar” está ligada ao grau de Mestre, como a Pedra cúbica ao de Companheiro e a Pedra Bruta ao de Aprendiz.
É sobre a “Prancha de Traçar” que o Mestre estabelece seus planos; mas o Aprendiz e o Companheiro não devem ignorar seu uso e devem exercitar-se – desastradamente talvez – a esboçar aí suas idéias. Esse é o motivo pelo qual esse símbolo já figura no “Quadro de Aprendiz”.
O esquema alfabético que figura na “Prancha de Traçar” lembra ao Maçom que ele sempre deve traduzir seu pensamento de uma forma “maçônica”, trabalhando com “retidão”.
Todas as letras têm a forma do Esquadro, que se relaciona com a matéria; não se vê aí o Círculo, símbolo do Espírito, pois o Espírito é invisível. Dessa forma, o Maçom se vê convidado a se libertar da letra para abordar o espírito.
Notar-se-á que a “Cruz”, que dá o esquema das dezoito primeiras letras, e o “X”, que dá as oito últimas, formam precisamente o desenvolvimento da “Pedra Cúbica Pontiaguda”; essa “Pedra” é assim “colocada na horizontal sobre a “Prancha de Traçar”; aliás sobre essa “Prancha” não se poderia traçar outra coisa a não ser “planos”.
Jules Boucher
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