Conta-se que o jogo de xadrez foi
inventado há 1550 anos por um hindu de nome Lahur Sessa.
Certa vez um sultão que vivia extremamente aborrecido ordenou que se
organizasse um concurso, em que seus súditos apresentariam inventos para tentar
distraí-lo.
Estava de passagem pelo reino um sábio de nome Lahur Sessa. Apresentou
este ao sultão um jogo maravilhoso que acabara de inventar: o xadrez.
Ao tomar conhecimento do jogo, o rei ficou tão entusiasmado que
ofereceu a Sessa a liberdade de escolher o que ele bem desejasse como
recompensa por tão notável invento.
Toda as corte esperava que Sessa fosse pedir grandes
riquezas, mas ele surpreendeu a todos com o seguinte pedido:
1 grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro;
2 grãos de trigo pela segunda casa;
4 grãos de trigo pela terceira casa;
8 grãos de trigo pela quarta casa;
16 grãos de trigo pela quinta casa;
32 grãos de trigo pela sexta casa;
E assim por diante, sempre dobrando o número de grãos da
casa anterior até a casa de número 64 (o tabuleiro de xadrez tem 64 casas).
Seu pedido provocou risos.
Um invento tão brilhante e um pedido tão simples? O rei e
toda corte ficaram decepcionados.
Mas palavra de rei é palavra de rei, e ele pediu a seus
criados que entregassem a Sessa um punhado de grãos de trigo.
Sessa recusou a oferta dizendo que queria receber
exatamente o que havia pedido. Nem um grão a mais, nem um grão a menos.
O rei pediu então para que seus calculistas fizessem as
contas.
Depois de muitas contas eles encontraram o número
18.446.744.073.709.551.615 ou seja, dezoito quintilhões, quatrocentos
e quarenta e seis quatrilhões, setecentos e quarenta e quatro trilhões,
setenta e três bilhões, setecentos e nove milhões, quinhentos
e cinqüenta e um mil e, seiscentos e quinze.
Se fôssem contar os grãos, a razão de 1 por segundo, dia e
noite sem parar, gastaríam 5.850 milhões de séculos!
Como é que o rei iria cumprir sua promessa?
Que situação difícil. Mas, também, como é que ele poderia imaginar
que precisaria de séculos para produzir tudo isso?
Sessa, entendendo a aflição do monarca por não poder
cumprir sua promessa perdoou a dívida. Afinal, seu objetivo havia sido
atingido, ou seja, chamar a atenção do monarca para o cuidado que deveria ter
com suas promessas e julgamentos.
O final não poderia ser mais feliz: Sessa foi nomeado
conselheiro do rei.
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