sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Estrela Flamígera

A estrela Flamígera é o centro de onde parte a verdadeira luz! 

São considerados como ornamentos da Loja o Pav:. Mos:., a Estrela Flamigera e a Or:. Den:.. Chamam-se ornamentos porque são realmente as decorações com as quais é adornada uma Loja.

O Pav:.Mos:. é o assoalho do grande pórtico; a Estrela Flamígera. brilha ao centro da Loja para iluminá-la; a Or:. Den:., limita e decora as extremidades.  A terceira instrução do Grau de Companheiro trata particularmente do estudo e das interpretações da Estrela Flamígera. 

Através dos séculos, houve sempre a preferência por uma estrela de cinco pontas, como figura de astros de aparência menor do que a do Sol e da Lua. O planeta Vênus tem sido representado assim e, considerado uma “estrela” matinal e vespertina, estrela da tarde , estrela-dalva, estrela do pastor. 

Como símbolo maçônico, a Estrela Flamígera, Flamejante ou Flamante é rigorosamente de origem pitagórica. Símbolo e distintivo dos pitagóricos (escola itálica), a Estrela de Cinco Pontas, ou Estrela Hominal é também denominada, com impropriedade
etimológica, “pentáculo” (cinco cavidades), “pentagrama” (cinco letras ou sinais gráficos) ou “pentalfa” (cinco princípios). Importa saber, entretanto, que os pitagóricos a usavam para representar a Sabedoria (“Sophia”) e o “Conhecimento” (Gnose).

A Estrela Flamígera era símbolo desconhecido pelos Pedreiros-Livres medievais. Seu aparecimento na Maçonaria, a partir de 1737, não encontrou guarida em todos os ritos, pois o certo é que os construtores medievais conheciam a figura estelar apenas como desenho geométrico e não com as interpretações ocultas que se introduziram na maçonaria especulativa. 

O verdadeiro sentido da Estrela Flamígera é hominal, eis que o símbolo designa o Homem Espiritual, o indivíduo dotado de alma, ou de fator de movimento e trabalho. Ou seja, o indivíduo com o espírito ou fagulha interna que lhe concedeu o Grande Arquiteto do Universo. A ponta superior da Estrela é a cabeça humana, a mente. A Inteligência proviria da Estrela Flamejante, que contém dentro de si, a figura do Companheiro, em sua ponta vertical, a cabeça, logo, o ponto onde está situada a Inteligência. A Razão proviria do Sol, fonte de todas as energias, símbolo do Grande Arquiteto do Universo; a Lua, seria a Imaginação, por não possuir luz própria, mas ser iluminada pelo Sol. As demais pontas são os braços e pernas. Na Maçonaria essa idéia serve para lembrar ao maçom que o homem deve criar e trabalhar. Isto é, inventar, planejar, executar e realizar, com Sabedoria (“Sophia”) e Conhecimento (Gnose). 

Pode ocorrer que o ser humano possa falhar nos seus desígnios. O maçom também pode falhar, como ser humano, mas o seu dever é imitar, dentro de seus ínfimos poderes, o Grande Arquiteto do Universo, o Ser dos Seres, o único que pode realizar o que pensa. Aí está o principal segredo do Grau de Companheiro.

As cinco pontas da estrela ainda lembram os Cinco Sentidos que estabelecem a comunicação da Alma com o Mundo Material. tato, audição, vista, olfato e gosto, os quais para os maçons, três servem de comunicação fraternal. Pelo tato é que se conhecem os Toques. Pela audição se percebem as Palavras e as Baterias. Pela vista se notam os Sinais. Mas não podemos esquecer que é pelo gosto que conhecemos as bebidas amargas e doces, bem como o sal, o pão e o vinho. Finalmente, pelo olfato se percebem a fragrância das flores e os aromas do Altar dos Perfumes. 

A Estrela Flamígera no Templo está colocada entre o Sol e a Lua de modo a formar um triângulo, porque irradia a luz do Sol e da Lua mostrando que a Inteligência e a Compreensão procedem igualmente da Razão e da Imaginação. Tem-se afirmado que a Estrela Flamígera traduz a Luz interna do Companheiro Maçom ou que representa o próprio homem-maçom dotado da luz divina que lhe foi transmitida.

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